O espaço psicoterapêutico de abordagem fenomenológico existencial oferece um local e um tempo para o resgate do sentido da própria existência.
As questões existenciais vem dos modos como o homem e a sociedade se relacionam com a vida no cotidiano e hoje promovem estilos de vida focados ao narcisismo e ao prazer onde a vaidade, o individualismo e a frivolidade primam. A hipervalorizarão do corpo e das coisas contribui para o deterioro da família, erguendo valores que minam as relações humanas que adquirem caráter funcional e utilitarista. Os ritmos cotidianos frenéticos e maçantes impedem o homem de entrar em contato com seus apelos mais profundos, propiciando sua substituição pelos apelos da mídia, numa sociedade de massa que obriga a viver na superficialidade, impedindo a manifestação plena da existência humana. O vazio existencial se acomoda sob os sintomas da depressão, estresse, ansiedade e desespero e ao lado dele, o tédio, a angústia e a apatia surgem como incómodos, revelando a urgência da necessidade humana de dar sentido à vida. O espaço psicoterapêutico fenomenológico existencial surge como um lugar e um tempo capaz de possibilitar que o sujeito entre em contato consigo mesmo e possa resgatar o sentido da própria existência, tendo sustento metodológico na suspensão dos rótulos para desnaturalizar o que está cristalizado com intervenções que promovem o contato com os próprios sentimentos e intencionalidades e ao mesmo tempo, contempla a fragilidade da existência e a finitude humana. Esta descoberta motiva relacionamentos mais sadios que facilitam a reconstrução da identidade, o sentido de pertencimento e o projeto de vida. (Fonte: Giovanetti, 2012; e Pompeia & Sapienza, 2015)